Nos conhecemos no ano de 2016 na escola onde trabalhamos e logo formamos uma dupla dinâmica, nos chamaram de gêmeas, loucas, colecionadoras de bugigangas, mas a realidade é que a amizade nasceu no dia a dia, na prática, sem pudor para falar o que achava que não daria certo, porém sempre acrescentando e impulsionando a outra na realização de novas ideias.

No início tudo foi provocado pelas atividades realizadas em sala, estávamos sempre atentas ao que as crianças nos traziam, aos seus movimentos, à atenção que davam para os detalhes das pequenas coisas... a vontade que demonstram de aprender nos motivam, todos os dias, a buscar novas formas de ensinar, ou seja, estamos sempre aprendendo, todos juntos, na mesma medida.

Laço formado + ideias sintonizadas na mesma frequência = parceria forte! Porém, como educadoras de escola pública, nem sempre dispúnhamos de muitos materiais para dar conta da demanda que vem a tona em nossas mentes e mãos e pernas inquietas (risos). Por muitas vezes nos víamos tirando coelhos da cartola, o lado bom dessa parte é que isto nos ajudou muito a pensar criativamente. Visitávamos os espaços e estávamos atentas a tudo que ele nos oferecia; as folhas ao se desprenderem das árvores do parque, por exemplo, tornaram-se pincéis, carimbos, móbiles, assim como os galhos que caíam, ou as flores, etc. Objetos como: caixas, rolos, canos, plástico bolha, isopor, tampinhas, linhas, barbantes, tecidos, terra, eram usados de maneira não óbvia, a fim de tornar as experiências significativas e prazerosas. Desta forma, mostramos também que com imaginação as coisas podem se transformar no que quisermos.

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@terradeideias